segunda-feira, 27 de maio de 2013

Nota de pesar

Morreu Roberto Civita, o criador de VEJA

Ele dedicou 55 de seus 76 anos à paixão de editar revistas, nunca se afastou do compromisso com o leitor e com o Brasil e fez da Abril um dos maiores grupos de comunicação da América Latina



Roberto Civita durante o Prêmio Jovens Inspiradores 2012 (Ivan Pacheco) 


(...) Risonho, cordial, otimista, Roberto Civita sempre acreditou que nenhuma atividade vale a pena se não for praticada com prazer. “Você está se divertindo?”, perguntava insistentemente aos profissionais com quem convivia. Mantinha-se otimista mesmo quando contemplava a face sombria do país. Para ele, o Brasil só conseguiria atacar com eficácia seus muitos problemas se antes aperfeiçoasse o sistema educacional, modernizasse o capitalismo nativo, removesse os entraves à livre iniciativa e consolidasse o estado democrático de direito. “O que VEJA defende, em essência, é o cumprimento da Constituição e das leis”, repetia. Também essa fórmula parece simples. Difícil é colocá-la em prática. Foi o que o editor de VEJA sempre soube fazer.


Transcrito da VEJA OnLine

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Dizem que quando um anjo morre, toca um sino no Céu. Baseada nessa imagem, crio a minha: acho que quando um jornalista morre, um anjo com certeza sai pelo Céu a gritar: Extra! Extra!

Desde seu lançamento, VEJA se tornou A Revista imprescindível. Para quem tinha filho em idade de prestar exame vestibular então... era impensável desistir de sua assinatura.

Penso exatamente como Roberto Civita: se você não está se divertindo e não gosta do que faz e para quem faz, o melhor é pedir o boné...

Deve ter sido um bom chefe.

Um comentário:

  1. MH, "conheci" o Roberto Civita quando ele fez uma visita a meu chefe, na multinacional onde eu trabalhava. Ele era um jovem bonitão (eu então, uma "criança"). Mas, em relação aos Civita, minha melhor e privilegiada lembrança foi ter participado do lançamento da Revista Veja, festa feita no já inexistente Beco, em SP. Disso me restou possuir o exemplar no.1 da revista, devidamente guardado aqui em casa. Uma relíquia. Grandes perdas da nossa imprensa nestes últimos dias.

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