sexta-feira, 5 de julho de 2013

A palavra é de... Sergio Vaz

Más Notícias Do País De Dilma


Nunca, ao longo de 106 semanas, houve tanta má notícia no Brasil como nesta última. Esta compilação aqui das notícias e análises que comprovam a incompetência do lulo-petismo como um todo e do governo de Dilma Rousseff em especial, a 106ª, é a maior de todas que já publiquei.

Segundo o Word, são 47 páginas.

Durante três semanas do mês passado, milhões de pessoas foram às ruas para protestar. Foram protestos difusos, sem uma causa específica – mas, entre outros pontos, protestou-se basicamente contra a forma com o País vem sendo administrado. Pedia-se mais atenção aos transportes coletivos, à saúde, à educação; protestava-se contra os gastos excessivos com os estádios de futebol, contra a corrupção.

Como resposta a tanta indignação, o governo: a) encenou uma fala de dez minutos da presidente em rede nacional de rádio e TV; b) montou uma reunião da presidente com governadores e prefeitos em que só ela falou; c) promoveu uma reunião da presidente com seu ministério; três dos 39 ministros não apareceram; no meio da reunião, a presidente fez um discurso como se estivesse em palanque eleitoral; e d) apresentou proposta de uma Constituinte exclusiva sobre reforma política, voltou atrás e apresentou proposta de um plebiscito dedicado ao tema.

Como marketing, foi uma beleza. Em vez de discutir transportes, saúde, educação, gastos excessivos com coisas supérfluas, corrupção, o País discutiu reforma política.

Nos sete dias entre a sexta-feira, 28 de junho, e a quinta, 4 de julho, as manchetes de O Estado de S. Paulo e O Globo trataram de reforma política em cinco deles. (Os dois únicos dias em que o assunto não foi manchete foram o sábado, dia em que se noticiou a primeira prisão de um deputado federal desde 1974, e a quinta-feira, em que o tema principal foi o golpe no Egito.)

Cortina de fumaça é isso aí. Se o governo tivesse a competência do seu marqueteiro, estaríamos no melhor dos mundos.

***

Mas a verdade é que as manchetes não chegaram a esconder os problemas. O próprio golpe do plebiscito ajudou a deixar ainda mais clara, nítida, evidente, cristalina, a incompetência do governo Dilma Rousseff. Em editorial, o Estadão concordou com a descrição de que “o governo está feito uma barata tonta”.

“A presidente Dilma Rousseff simplesmente não está à altura da situação que tem o dever de enfrentar”, sintetizou J. R. Guzzo na Veja. “Não sabe o que fazer, o que acha que sabe está errado, e, seja lá o que resolva, ou diga que está resolvendo. não vai ser obedecida na hora da execução. O momento exige a grandeza, a inteligência e os valores pessoais de um estadista. Dilma não tem essas qualidades.”

          Dora Kramer, no Estadão, fez outra síntese perfeita: “Pelas propostas até agora apresentadas ficou claro que o governo só tinha uma agenda: navegar na onda da popularidade da dupla Dilma/Lula com o único objetivo de vencer eleições por apreço ao poder pelo poder.”

          Sobre uma das encenações marqueteiras da semana, Dora Kramer também foi direto ao ponto: “A presidente da República registra uma queda de popularidade abrupta e tão profunda como nunca antes se viu neste País e sua reação é convocar uma reunião ministerial. ‘Para mostrar que o Brasil não está parado.’ Espetáculo síntese da estrutura mastodôntica de ineficiência inequívoca, de irrelevância administrativa.”

Em reportagem que mostra que o governo tem 984.330 servidores nos 39 ministérios, ao custo anual de R$ 611 bilhões (!),Chico de Gois e Juliana Castro, em O Globo, fizeram definição exata: “É como se um paquiderme tentasse voar ou correr e seu peso o impedisse de avançar. Assim é o governo federal e sua gigantesca máquina administrativa.” 


Leia a íntegra em 50 Anos de Texto

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