quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ladroeira lá e cá, por Carlos Brickmann

A denúncia de uma grande ladroeira está rodando por aí há mais de cinco anos, sem que o Governo se preocupe. De repente, por coincidência perto das eleições de 2014, o assunto é retomado. E o Governo diz que não sabia de nada.

Mais um escândalo do PT? Poderia ser - mas este atinge o PSDB, em seu principal núcleo, o paulista. Nele são citados seus principais líderes, Alckmin e Serra, e também sua grande referência moral, o falecido governador Mário Covas. Outro líder tucano, o presidenciável Aécio Neves, também terá problemas: não é que ao mesmo tempo deve ser julgado no STF o Mensalão mineiro?

A denúncia da Siemens de formação de cartel em obras públicas paulistas desde a época do Governo Mário Covas é recente. Mas as investigações na França e na Suíça sobre propinas pagas pela Alstom no mesmo caso, no mesmo período, foram divulgadas na imprensa internacional (e também por esta coluna), desde 2007, sem que o Governo paulista se movesse.

A reação tucana, de reclamar de "vazamentos seletivos" de informações, para prejudicar o partido, é justa: os vazamentos mostram à opinião pública apenas um lado da questão. Mas é igualzinha à reação dos petistas quando alguma denúncia de corrupção os atinge.






O PT foi criado para ser "diferente de tudo o que está aí" - e hoje luta para provar que os outros que estão aí são iguaizinhos a ele. O PSDB foi criado para livrar-se da sujeira que via no PMDB de Quércia - e teve de buscar o apoio de Quércia na eleição presidencial.

Iguais até nisso: o Senhor fez, o diabo juntou.



Leia a íntegra em Brickmann & Associados

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